Nota de repúdio do Sitrampa ao tratamento dado pelo Executivo às reivindicações dos trabalhadores(as) do magistério

O Sitrampa repudia a forma como foi conduzida a reunião entre direção do sindicato, membros da comissão de Educação, que representa os servidores, e Prefeitura, realizada na última quinta-feira, dia 13, para tratar das reivindicações dos profissionais do magistério municipal na data-base 2023.

Pontualmente, foi vexatório o despreparo da contadora geral do município em relação aos dados financeiros da Administração, comparecendo à reunião com um mero bloco de notas, sem dados oficiais, parecendo beirar a má intenção no tratamento de tais informações junto ao sindicato. Mais espantoso ainda é a audácia da contadora geral, que afirmou “não existir reajuste se ela não quiser conceder”, desafiando a própria gestão e a autoridade do prefeito.

O que se presenciou foi um desrespeito com os trabalhadores(as), neste caso em especial, com aqueles que atuam na rede de ensino. O Executivo vergonhosamente apresentou uma proposta ainda mais defasada. Uma verdadeira afronta ao magistério. A leitura deste cenário aponta para um “castigo” à categoria por não ter aceitado em assembleia a proposta apresentada inicialmente.

O Eduardo Freccia prefeito tem se mostrado completamente distinto do Eduardo Freccia candidato, que falava em valorização e reconhecimento dos professores. Em postagens nas redes sociais durante sua campanha, afirmava: “O professor é o alicerce de todas as outras profissões. É ele quem nos ensina a nos comunicarmos com o mundo e com as pessoas”.

Em declarações em vídeo, Freccia fazia questão de destacar o trabalho dos profissionais: “Eu, como professor, venho aqui reconhecer o trabalho de todos os professores da rede municipal […] Sei também que o trabalho de vocês não parou, e que vocês continuaram, contribuindo muito, trabalhando todos dias para fazer uma educação melhor para nossa cidade”.

Esta é a valorização prometida, prefeito?

Os trabalhadores do magistério municipal pedem valorização e reconhecimento, com desachatamento da carreira. A desvalorização dos trabalhadores(as) que atuam no magistério não atinge apenas os profissionais, mas toda a sociedade. A falta de um salário digno é um dos principais fatores de precarização da docência no Brasil.

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