Ofício enviado à Gestão de Pessoas da Educação lista 12 falhas graves no sistema Risoluto e trabalhadores podem sofrer descontos injustos por problemas que não causaram
O Sitrampa vem alertando a Prefeitura e a Secretaria Municipal de Educação sobre uma série de falhas críticas no sistema de ponto eletrônico Risoluto – que está colocando em risco o salário dos servidores. Um ofício dirigido à coordenadora do Setor de Gestão de Pessoas expõe a situação, porém, até o momento não foi tomada nenhuma atitude em relação ao problema.
O sistema Risoluto, que passou a ser o único meio de registro de frequência desde 1º de setembro, tem apresentado problemas de funcionamento, exclusão de registros, demora na confirmação de batidas e até fotos trocadas dos servidores. A situação é tão grave que o próprio comunicado da SME alerta: não haverá correção manual de falhas e eventuais erros resultarão em descontos direto no pagamento.
É um cenário de absoluta insegurança jurídica e trabalhista. O município transfere a responsabilidade para o trabalhador, mas não garante que a ferramenta funciona. É como culpar o passageiro se o ônibus quebrar.
A lógica da administração é totalmente questionável: Se o sistema é 100% eficiente, como alega a Prefeitura, porque exige que o trabalhador confira diariamente seus lançamentos? E se houver erro, como ajustar se não há possibilidade de correção manual?
O sindicato também é totalmente contrário à sugestão de uso do aplicativo em celulares pessoais. Não é obrigação do servidor baixar sistema em seu aparelho. A Prefeitura é quem deve fornecer a ferramenta adequada e funcionando. O Sitrampa exige providências imediatas para evitar prejuízos aos trabalhadores e pede uma revisão urgente na implementação do Risoluto.
A pergunta que fica: a Prefeitura de Palhoça vai assumir a responsabilidade ou continuar penalizando seus servidores por falhas que não são deles?
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