Informações levantadas pelo Sitrampa revelam um cenário de abandono em equipamentos da Assistência Social. As situações são de falta de segurança e condições degradantes de trabalho. Enquanto isso, a Prefeitura fecha os olhos para as demandas dos trabalhadores e das famílias atendidas.
Num dos equipamentos, houve invasão do local após envio de mensagens ameaçadoras pelo WhatsApp. De acordo com o boletim de ocorrência registrado, a entrada foi forçada expondo os trabalhadores e usuários do serviço à presença de terceiros sem autorização. Os trabalhadores, sem qualquer proteção, precisaram interceptar a entrada enquanto aguardavam a Segurança Pública.
Mas o pior: mesmo assim, a Prefeitura não tomou nenhuma medida após o episódio. Após diálogo junto ao Gestor da pasta, identificamos que o mesmo desconhecia o episódio ocorrido. Questionado sobre o protocolo de segurança adotado nesses casos, o mesmo informou que não existia. O equipamento segue sem guardas patrimoniais, com portas e janelas frágeis, expondo servidores e acolhidos a novas situações de risco.
Já em outro equipamento, a situação nos chama ainda mais atenção. Em 2022, um usuário do serviço agrediu um funcionário e danificou o patrimônio público, segundo informações a Prefeitura ignorou os pedidos por segurança. O episódio voltou a ocorrer no ano de 2024 e a Prefeitura continuou desprezando os fatos. A única orientação fornecida foi de manter as portas e janelas trancadas!
ESTRUTURA CAINDO AOS PEDAÇOS
Além da falta de segurança, o Sindicato identificou a precariedade chocante de um dos locais. Muros rachados, fiação elétrica exposta, paredes com mofo, roupas de crianças jogadas em balcões e até colchões infantis empilhados em meio ao entulho, equipamentos sem grades de segurança.. Em março, após pressão do Sitrampa, a gestão prometeu um guarda patrimonial e as reformas necessárias, sem efetivar o compromisso.
MINISTÉRIO PÚBLICO É ACIONADO
O Sitrampa encaminhou os casos ao Ministério Público e ao Ministério Público do Trabalho, exigindo a contratação imediata de guardas patrimoniais; reformas urgentes; medidas protetivas em favor dos trabalhadores e punição aos responsáveis pela omissão, no caso, a administração municipal.
Para o presidente do Sitrampa, Everton Sotero, “é inaceitável que servidores e crianças vivam nesse pesadelo enquanto o poder público finge que não vê”.
PREFEITURA SE CALA
Enquanto isso, não há nenhum movimento concreto por parte da administração municipal para resolver o problema e os trabalhadores e as famílias seguem reféns da falta de estrutura e condições dignas de atendimento.
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