“Cada voz importa na luta contra o Racismo”.
No Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, esta frase ressoa com um significado profundo, convidando-nos a refletir não apenas sobre o passado, mas sobre a construção de um futuro mais justo e igualitário. E, nessa construção, o movimento sindical tem um papel fundamental.
A data, que homenageia Zumbi dos Palmares, símbolo máximo da resistência contra a escravidão, vai além da celebração histórica. É um dia de denúncia contra as estruturas racistas que ainda persistem em nossa sociedade. E o racismo, sabemos, não é uma mazela abstrata; ele é concreto e perverso também no mundo do trabalho. Manifesta-se nos salários desiguais para funções equivalentes, na sub-representação de pessoas negras em cargos de liderança e nas barreiras invisíveis à promoção.
É aqui que a luta antirracista e a luta sindical se encontram e se fortalecem. O movimento sindical, em sua essência, é a voz coletiva dos trabalhadores e trabalhadoras em defesa de dignidade, direitos e melhores condições de vida. Ignorar a questão racial significa ignorar a realidade de uma grande parcela da classe trabalhadora. Não há justiça social sem justiça racial.
Não basta ser contra o racismo; é preciso ser antirracista ativamente para garantir que as vozes historicamente silenciadas tenham espaço, vez e poder de decisão. Um sindicato verdadeiramente forte é aquele que reconhece a diversidade de sua base e luta contra todas as formas de opressão que fragilizam a classe trabalhadora.
20 de novembro é um dia para lembrar que a consciência negra é também consciência de classe!
Que possamos, juntos, sindicalistas de todas as cores, fazer do local de trabalho um território de equidade e um ambiente onde a diversidade seja celebrada. A luta antirracista é dever de todos, e cada voz, de fato, faz a diferença nessa batalha por um futuro sem preconceitos.
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