Condições de trabalho, salários justos e o fim da exploração ainda são temas que pautam o Dia Internacional das Mulheres
O Dia Internacional das Mulheres, celebrado em 8 de março, é uma data profundamente ligada à luta por direitos e à atuação do movimento sindical no início do século XX, com a reivindicação por melhores condições de trabalho, salários justos e o fim da exploração.
Hoje, mais de um século depois, esses temas continuam latentes, e o movimento sindical segue na linha de frente da defesa por igualdade salarial, direitos iguais, respeito e liberdade para as mulheres.
A desigualdade salarial entre homens e mulheres ainda é uma realidade alarmante. No Brasil, as mulheres ganham, em média, 20% a menos que os homens para desempenhar as mesmas funções, segundo o IBGE. Essa disparidade é ainda maior quando consideramos mulheres negras, que enfrentam uma dupla discriminação: de gênero e de raça. Além disso, as mulheres são maioria em empregos precarizados e informais, o que as coloca em situações de maior vulnerabilidade.
Outro tema central é a garantia de direitos iguais, com políticas que permitam conciliar a vida profissional e pessoal. A dupla jornada de trabalho, que sobrecarrega as mulheres com tarefas domésticas e cuidados familiares, é um obstáculo à sua plena participação no mercado de trabalho.
Respeito e liberdade também são pilares fundamentais. O assédio moral e sexual no ambiente de trabalho ainda é uma realidade para muitas mulheres, e os sindicatos têm sido aliados na criação de mecanismos de denúncia e proteção. Além disso, a luta pela liberdade envolve garantir que as mulheres possam decidir sobre seus corpos, suas vidas e suas carreiras, sem violência ou opressão.
O 8 de Março é, portanto, um momento para celebrar conquistas, mas também para reforçar o compromisso com as lutas que ainda precisam ser travadas. O movimento sindical, ao lado das mulheres, segue defendendo um mundo onde a igualdade, o respeito e a liberdade não sejam exceções, mas direitos garantidos para todas e todos.